O diretor da Mercedes, Toto Wolff, lembrou de seu amigo e “personalidade mais icônica da F1”, Niki Lauda, durante a coletiva de imprensa em Mônaco.
Lauda e Wolff conversaram pela última vez após o Grande Prêmio do Azerbaijão no mês passado.
🗣“No domingo a noite após Baku, conversamos no telefone. Ele me disse ‘Aguente, não vai ficar melhor que isso’. Eu descrevi a corrida para ele, contei quais seriam os próximos desenvolvimentos e tentei, o máximo possível, levar normalidade para a vida dele.”
Wolff descreveu como ficou sabendo da morte de Lauda que era diretor não executivo do time.
🗣“Sabíamos que os últimos dias não estavam bons. Era, provavelmente, questão de dias para recebermos a mensagem. Recebi da esposa dele na segunda de manhã. Desde então, não sou eu de alguma forma.”
🗣“Parece mentira estar num paddock da F1 sem o Niki vivo. Mesmo que esperávamos, quando acontece é tão forte e é difícil imaginar que não o veremos de novo.”
Wolff disse que Lauda era tudo o que um garoto austríaco de sua faixa etária queria ser e confessou outra conexão com o tricampeão mundial.
🗣“A minha primeira esposa é prima dele, então, já nos conhecíamos. Começamos a nos envolver mais quando estava na Williams, pois viajávamos juntos para as corridas.”
Wolff, que já foi piloto, tentou bater a volta mais rápida do Nurburgring Nordschleife em um carro GT, recorde que é de Niki Lauda. Além de culpar uma crise de meia-idade, o diretor da Mercedes disse qual foi a reação do amigo.
🗣“Antes de ir para a pista disse para ele que queria bater o recorde de GT no Nordschleife e também queria bater o recorde de 7:01 que ele fez. Ele me disse ‘É a coisa mais estúpida que já ouvi. Quem se importa se você bate o recorde de Nordschleife ou não? O risco de você se machucar é grande e ninguém se importa.’”